quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Gestão do lixo

Resíduos sólidos
Cada brasileiro produz 1,1 quilograma de lixo em média por dia. No País, são coletadas diariamente 188,8 toneladas de resíduos sólidos. Desse total, em 50,8% dos municípios, os resíduos ainda têm destino inadequado, pois vão para os 2.906 lixões que o Brasil possui.
Em 27,7% das cidades o lixo vai para os aterros sanitários e em 22,5% delas, para os aterros controlados, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE). 
Apesar desse quadro, o Brasil alcançou importantes avanços nos últimos anos na opinião do diretor da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente, Silvano Silvério. “Para se ter uma ideia, em 2000, apenas 35% dos resíduos eram destinados aos aterros. Em 2008, esse número passou para 58%”, destacou ele.
No mesmo período, o número de programas de coleta seletiva mais que dobrou. Passou de 451, em 2000, para 994, em 2008. A maior concentração está nas regiões Sul e Sudeste, onde, respectivamente, 46% e 32,4% dos municípios informaram à pesquisa do IBGE que possuem coleta seletiva em todos os distritos.
Carlos Antonio Soares/Agência de Notícias do Estado do Paraná
Dos 97% dos resíduos sólidos domésticos recolhidos, somente 12% são reciclados
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  • Dos 97% dos resíduos sólidos domésticos recolhidos, somente 12% são reciclados
Política para o lixo
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto de 2010, disciplina a coleta, o destino final e o tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, entre outros.
A lei estabelece metas importantes para o setor, como o fechamento dos lixões até 2014 - a parte dos resíduos que não puder ir para a reciclagem, os chamados rejeitos, só poderá ser destinada para os aterros sanitários - e a elaboração de planos municipais de resíduos.
Para garantir o cumprimento do que está estabelecido na PNRS, está em fase final de estruturação o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O Plano, que esteve em consulta pública até dezembro de 2011, deve ser finalizado no primeiro semestre de 2012, segundo Silvério.
A socióloga Elisabeth Grimberg, coordenadora-executiva do Instituto Polis, que participou das audiências que definiram o texto, acredita na eficiência do Plano. “Ele será eficiente, pois foi construído de forma participativa e com metas desafiadoras”, afirma. 
De acordo com Grimberg, as novas responsabilidades definidas na PNRS reduzem gastos públicos municipais e ampliam a capacidade de investimentos das prefeituras em sistemas de reaproveitamento de resíduos de forma consorciada, assim como compartilhamento de aterros sanitários entre municípios de uma mesma região.
A PNRS também define metas para a redução da geração de resíduos no País. “Para isso, é necessário investir em educação ambiental e assim mudar o comportamento da sociedade com relação a esse setor”, declarou o diretor de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano.
Fontes:
Campanha Separe o Lixo
Lei 12. 305

domingo, 17 de junho de 2012

Licenciamento Ambiental das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.

Licenciamento Ambiental - Licenças, Exigências e Autorizações
O processo de licenciamento ambiental das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural engloba as seguintes licenças exigências e  autorizações:
Licença prévia de perfuração – LPper: Para sua concessão é exigida a elaboração do Relatório de Controle Ambiental – RCA e após a aprovação do RCA, é autorizada a atividade de perfuração;
Licença prévia de produção para pesquisa – LPpro: Para sua concessão é exigida a elaboração do Estudo de Viabilidade Ambiental – EVA e, após a aprovação do EVA é autorizada  a atividade de produção para pesquisa da viabilidade econômica da jazida;
Licença de instalação – LI: Para sua concessão é exigida a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental e após a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental – EIA com a respectiva realização de Audiência Pública é autorizada a instalação de novos empreendimentos de produção e escoamento ou, para sua concessão é exigida a elaboração do Relatório de Avaliação Ambiental – RAA e  após a aprovação do  RAA são autorizadas novas instalações de produção e escoamento onde já se encontra implantada a atividade;
Licença de operação – LO para atividade de exploração e produção marítima: Para sua concessão é exigida a elaboração do Projeto de Controle Ambiental – PCA e após a aprovação do PCA é autorizado  o início da operação  de produção.
Licença de Operação – LO para atividade sísmica:  Para sua concessão é exigida a elaboração do Estudo Ambiental – EA e após a aprovação do EA é autorizada a atividade de  levantamento de dados sísmicos marítimos.
O órgão ambiental fixará as condicionantes das licenças supracitadas. As licenças são compostas por dois grupos de condicionantes: (i) as condicionantes gerais, que compreendem o conjunto de exigências legais relacionadas ao licenciamento ambiental, e (ii) as condicionantes específicas, que compreendem um conjunto de restrições e exigências técnicas associadas, particularmente, à atividade que está sendo licenciada.
A validade da licença ambiental está condicionada ao cumprimento das condicionantes discriminadas na mesma, que deverão ser atendidas dentro dos respectivos prazos estabelecidos, e nos demais anexos constantes do processo que, embora não estejam transcritos no corpo da licença, são partes integrantes da mesma.
Cabe salientar que a língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil, Art. 13 da Constituição, sendo assim, todos os documentos referentes ao processo devem ser redigidos na língua portuguesa.
 Tabela - Tipos de licença e as atividades autorizadas pelas mesmas.


ATIVIDADE
TIPO DE LICENÇA
ESTUDO AMBIENTAL APLICÁVEL
FINALIDADE
PERFURAÇÃO
(Programa Exploratório Mínimo contratado com a ANP)
Licença Prévia para Perfuração - (LPper)
Relatório de Controle Ambiental - RCA
Autoriza a atividade de perfuração.
PRODUÇÃO PARA PESQUISA
(Teste de Longa Duração–TLD, autorizado pela ANP)
Licença Prévia de Produção para Pesquisa - (LPpro)
Estudo de Viabilidade Ambiental - EVA
Autoriza a realização do Teste de Longa Duração – TLD,
SISTEMAS DE PRODUÇÃO E ESCOAMENTO
(Sistema de Produção e  Escoamento em novo campo ou bloco – Plano de Desenvolvimento aprovado pela ANP)
Licença de Instalação – (LI)
Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA.
Autoriza, após a aprovação do EIA/RIMA com a respectiva realização de Audiência Pública, a instalação de sistemas e unidades necessárias à produção e ao escoamento.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO E ESCOAMENTO
(Áreas onde já se encontra implantada a atividade)
Licença de Instalação (LI)
Relatório de Avaliação Ambiental - RAA
Autoriza, após a aprovação do RAA, a instalação de sistemas e unidades adicionais necessários à produção e ao escoamento.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO E ESCOAMENTO
Licença de Operação (LO)
- Projeto de Controle Ambiental (PCA).
Autoriza, após o atendimento das condicionantes da LI, a aprovação do PCA, do PEI e da realização da vistoria técnica, o início da operação do empreendimento.
AQUISIÇÃO DE DADOS SÍSMICOS
(Autorização da ANP para realização da atividade de Levantamento de Dados Sísmicos Marítimos, não exclusivos)
Licença de Operação – (LO)
Estudo Ambiental (EA)
Autoriza, apos aprovação do EA, o inicio da atividade de levantamento de dados sísmicos marítimos.
AQUISIÇÃO DE DADOS SÍSMICOS (Contrato de Concessão ANP do Bloco, que prevê  atividades de pesquisa, compreendendo a  Aquisição de Dados Sísmicos Marítimos, exclusivos)
Licença de Operação(LO)
Estudo Ambiental (EA)
Autoriza, apos aprovação do EA, o inicio da atividade de levantamento de dados sísmicos marítimos.

    Fonte: Ibama

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Audi apresenta modelo urbano de carro elétrico
Postado em 04/10/2011 às 11h20

 

O Salão internacional de Frankfurt apresentou várias novidades em automóveis elétricos e híbridos. Um dos destaques ficou por conta da Audi com seu Urban Concept, um carro de pequeno porte, ultraleve e ideal para congestionamentos urbanos.
Este modelo combina elementos de um carro de corrida com urbano e está disponível nas versões Sportback e Sypder. É feito de um tipo de plástico reforçado com fibra de carbono, pesa apenas 480 kg, mede 3,22 m de comprimento, 1,67 de largura e 1,18 de altura. Além disso, possui rodas com aros de 21 polegadas destacadas e sinalizador em LED.
O Urban Concept é tão pequeno que possui apenas dois assentos, sendo que o banco do motorista é posicionado um pouco mais à frente do outro passageiro. Assim como os carros esportivos, os assentos ficam em um nível baixo, próximo da altura do solo. Já os pedais e o volante podem ser ajustados conforme as medidas corporais do motorista.
O teto do automóvel se abre completamente para facilitar a entrada e a saída. Ele tanto pode deslizar para trás, na versão Sportback, como as portas podem abrir para cima, na versão Spyder. Ele também possui dois motores elétricos e-tron, que geram 20 cavalos de potência, são alimentados por baterias de íon-lítio que garantem a propulsão e podem ser recarregadas em uma tomada normal.
Ambas as versões possuem carrocerias e propulsores elétricos idênticos. De acordo com a fabricante alemã, o Urban Concept pode rodar até 73 km em cada recarga sem emissão de poluentes. O protótipo é um importante teste para veículos urbanos elétricos que, possivelmente, serão o futuro dos automóveis em todo o mundo.
Com informações da Quatro Rodas , Investimentos e notícias e Auto Esporte

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

OPERAÇÃO TAPA BURACOS (VOSSA FORTALEZA)


            DEVE SER A NOVA FORMA QUE A PREFEITURA ACHOU PARA ESTIMULAR A REUTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pinhão-manso ganha espaço como fonte de biodiesel

Pinhão-manso ganha espaço como fonte de biodiesel


Postado em 30/09/2011 às 10h40

O óleo das sementes do pinhão-manso é facilmente extraído por prensagem contínua e pode ser convertido em biodiesel por meio de transesterificação l Foto: G.McCormack/Bio Mechanism.
Combustíveis produzidos a partir de fontes renováveis, como o biodiesel, têm ganhado espaço na matriz energética brasileira. Contudo, o desenvolvimento de processos que viabilizem o uso, e a diminuição dos custos de utilização dessas fontes alternativas, são ainda uma barreira a ser vencida.
A fim de obter matéria-prima a custos menores para a produção de biodiesel, como as oleaginosas não comestíveis, e de torná-las uma alternativa viável do ponto de vista econômico, o projeto de pesquisa de aproveitamento integral da semente do pinhão-manso para a obtenção de biodiesel, apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), concluiu que o pinhão-manso (Jatropha curcas), árvore da família botânica das euforbiáceas e bastante comum no Brasil, pode ser excelente opção renovável. E não apenas para a produção de biocombustível, mas também como ração animal, visto que dele podem ser aproveitados, além do óleo, também a torta e o farelo.
Dados apontados pelo estudo, coordenado por Kil Jin Park, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (FEAGRI/UNICAMP), mostram que o processamento integral do pinhão-manso permite a obtenção de matérias-primas de qualidade, com altos índices de aproveitamento, o que ajuda a tornar viável sua produção em maior escala. A pesquisa teve por objetivo a obtenção de óleo vegetal por prensagem e a extração por solvente, além do estudo da transesterificação (separação da glicerina) desses óleos por meio da utilização de alcoóis, como etanol e metanol, sendo que este último foi considerado ideal em termos de rendimento.
De acordo com o pesquisador, a cadeia produtiva de biodiesel é composta em torno de 85% pelo óleo de soja. A introdução do óleo de pinhão-manso poderia, portanto, ajudar a evitar possíveis desabastecimentos, visto que a soja é primordialmente direcionada para fins alimentícios. “O óleo das sementes do pinhão-manso é facilmente extraído por prensagem contínua e pode ser convertido em biodiesel por meio de transesterificação, inclusive pela rota etílica. Existe a possibilidade também da extração do óleo por solvente, com maior rendimento e consequente produção de farelo”, afirma.
Além de possuir alto teor de óleo, o pinhão-manso torna-se bastante nutritivo após passar por tratamento de detoxificação das sementes, para isentá-las de compostos tóxicos como os ésteres de forbol, que são inflamatórios naturalmente presentes em sua composição. Esse processo possibilita seu uso também como ração animal.
O elevado rendimento das sementes e a perenidade da planta, que não necessita de renovação anual de plantio, também são fatores que favorecem seu cultivo. Além disso, em sua fase inicial, o espaçamento entre as plantas permite a intercalação com outras culturas, o que permite diversificar a produção na mesma área. Para o pesquisador, outra vantagem é que a produção do pinhão-manso poderia se estender pelas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, devido à sua facilidade de adaptação a diversos tipos de solos e climas.

Os 10 alimentos mais contaminados por agrotóxicos

Os 10 alimentos mais contaminados por agrotóxicos

Postado em 03/01/2011 às 09h00



Alimentos com elevado grau de toxicidade podem causar problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer.
O uso de agrotóxicos na produção agrícola e a contaminação dos alimentos por estes elementos tóxicos têm sido preocupação no âmbito de saúde pública. Um estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), iniciado em 2001, mostra que muitos dos alimentos que consumimos normalmente estão contaminados.
Segundo a própria Anvisa, os agrotóxicos “são ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer”.
O Projeto de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), realizado pela Anvisa em conjunto com os órgãos de vigilância de 25 estados participantes, mais o Distrito Federal, analisou diversos legumes, frutas e vegetais para ver o quão contaminado eles estavam.
Entre as amostragens analisadas, os alimentos que foram contaminados com uma frequência maior foram: pimentão (80,0%), uva (56,40%), pepino (54,80%), morango (50,80%), couve (44,20%), abacaxi (44,10%), mamão (38,80%), alface (38,40%), tomate (32,60%) e beterraba (32,00%).
Esses alimentos podem ser encontrados facilmente no prato do brasileiro e, que muitas vezes são consumidos com o objetivo de ganhar saúde. Em nossa galeria, você pode conferir a tabela feita pelo órgão mostrando os alimentos que foram estudados; o número de mostras analisadas; a quantidade de agrotóxicos ilegais encontrados; a quantidade de agrotóxicos legais, mas que estavam acima do limite; os que possuíam agrotóxicos ilegais e legais em excesso; e o número de elementos considerados insatisfatórios.
Para se evitar a contaminação por agrotóxicos, o ideal é consumir produtos orgânicos. Mas nem sempre é possível, pois tais alimentos são caros e dificilmente encontrados nas grandes cidades. Por isso é aconselhável sempre tomar muito cuidado com os produtos, antes de comprá-los, e sempre lavar os alimentos antes de consumi-los

Decoradora premiada trabalha exclusivamente com garrafas PET


 “Não adianta você só separar o lixo, é preciso dar um jeito nele”. Rosely Castanho Pignataro é daquelas pessoas que não se limitam em falar, mas praticam o que dizem. É com muita habilidade que ela separa as garrafas PET e reutiliza cada pequena parte do item plástico para fazer suas decorações.
Para Rosely não existe nada perdido, diversas coisas que aparentemente perderam a utilidade são transformadas e revitalizadas em suas mãos. Ela começou a exercer a atividade de decoradora por acaso, era somente para conseguir enfeitar o prédio onde mora, sem gastar muito dinheiro. A solução para o problema financeiro foi reaproveitar as garrafas PET que iriam para o lixo.
A decoração despretenciosa foi eleita como a mais bela da capital paulista, por um concurso da Globo, chamado Brilha São Paulo, que foi extinto na época em que a cidade sofreu com o apagão. Rosely nem sabia que a sua decoração estava na lista do concurso, já que sua filha havia feito a inscrição em segredo. E a atividade que surgiu somente como “quebra-galho” virou coisa séria, remunerada, importante para Rosely e mais importante ainda para o meio ambiente.
Rosely era tradutora e professora de inglês, mas a profissão, que ela praticou por grande parte de sua vida, nunca lhe trouxe tanta alegria como o trabalho com decorações feitas com garrafas PET. “Eu coloco a minha vida nisso”, assim ela explica a importância da reciclagem e do trabalho artesanal.
O trabalho de Rosely não consiste apenas em pensar e elaborar o tipo de decoração, mas principalmente em estabelecer uma maneira de fazer tudo utilizando garrafas PET. A artesã conta com apenas três funcionários “parciais” - o faxineiro, o porteiro e o zelador do seu condomínio - e o espaço do salão de festas, para fazer decorações para as mais diversas datas comemorativas. Já foram dias das mães, páscoa, festas juninas, copa, mas a época preferida e mais trabalhosa é, sem dúvida, o natal.
As garrafas, principais matérias-primas usadas por Rosely, foram inventadas em 1970 nos Estados Unidos e só passaram a ser recicladas em 1990. Elas chegaram ao Brasil em 1988 e hoje, 68% de todo o refrigerante que é produzido aqui vem embalado em garrafas PET. De toda essa produção, pouco mais da metade é reciclado. Em 2008, o índice de reciclagem foi de 54,8%, ou seja, praticamente 209 mil toneladas de PET foram descartadas inadequadamente. Por causa do pouco desenvolvimento da indústria de reciclagem no Brasil, o país deixa de lucrar anualmente R$ 8 bilhões.

Em sua primeira “obra de arte” de garrafas PET, Rosely usou duas mil garrafas, hoje, após dez anos de trabalho, são utilizadas anualmente dez mil garrafas. Todo o material é obtido através de doações da comunidade. A ex-tradutora diz que a população é muito solícita em doar garrafas, inclusive chega um período em que ela já tem material suficiente e é obrigada a rejeitar parte das doações.
Receber prêmios por sua decoração é algo comum e para Rosely essa não é a melhor recompensa. O que a deixa mais feliz é poder ver as pessoas alegres com os enfeites e a possibilidade de aliar tudo isso à reciclagem. Somente com a decoração de natal, ela impede que meia tonelada de garrafas plásticas seja descartada indevidamente. Os resíduos que permaneceriam em lixões, rios, oceanos ou nas ruas, por mais de 300 anos, deixam de ser lixo e viram arte.
Até o ano retrasado Rosely ministrava cursos para passar adiante a técnica da decoração com materiais recicláveis. Porém, por causa da grande quantidade de trabalho, ela não tem conseguido conciliar as duas coisas. A artesã garante que essa atividade é rentável e poderia ser olhada com melhores olhos pelo governo, que ao investir em capacitação profissional na área, resolveria dois problemas de uma só vez. Seria possível dar uma profissão a quem está desempregado e diminuir a quantidade de poluição espalhada pela cidade.
O natal deste ano será agitado para Rosely, que tem que dar conta da decoração de uma escola e mais três condomínios. Por causa dos lindos enfeites, que contagiam famílias e se tornou ponto turístico da região, o prédio onde a artesã mora foi apelidado por uma de suas amigas de “Disneylândia da Mooca”. Mais do que diversão, as decorações trazem a essência de conscientização e uma proposta muito boa e simples para solucionar o destino dos resíduos sólidos que nós produzimos diariamente.

Decoradora premiada trabalha exclusivamente com garrafas PET.



Dubai usa energia solar para iluminar parques

Dubai usa energia solar para iluminar parques.


Postado em 03/10/2011 às 14h03

O município terminou o trabalho em um parque na zona de Al Sofouh que utiliza sistemas de iluminação solar. Construído em uma área de 1,55 ha, o parque foi o primeiro a usar esta tecnologia em Dubai. | Imagem: Gulf News
Em breve todos os parques em Dubai usarão luzes movidas a energia solar, em uma tentativa de reduzir o consumo de eletricidade e minimizar o consumo de recursos naturais.
"Todas as luzes em nossos parques serão solares. Nós já começamos a implementá-las e, gradualmente, irá abranger todos os parques. Esta é uma das nossas muitas iniciativas para o desenvolvimento sustentável", disse Hussain Nasser Lootah, diretor-geral do Município de Dubai ao Gulf News.
Lootah disse que as cidades do século 21 devem evoluir para centros de progresso, que servem como forças para o avanço nacional e global. Nenhuma entidade pode fazer isso sozinha, disse, mas terá indivíduos, empresas e todos os níveis de governo trabalhando juntos para alcançar essas metas. Os líderes do futuro têm a responsabilidade de fazer essa transição acontecer, acrescentou.
O município terminou o trabalho em um parque na zona de Al Sofouh que utiliza sistemas de iluminação solar. Construído em uma área de 1,55 hectares, o parque foi o primeiro a usar esta tecnologia em Dubai.
Lootah também destacou a visão e a estratégia para a cidade nos próximos anos, incluindo as áreas de foco e que iniciativas serão postas em prática para levar adiante uma estratégia sustentável.
O Plano Estratégico do Município visa aumentar a área verde per capita da cidade para 23,4m2. Ele também pretende aumentar a proporção de terras cultivadas em áreas urbanas públicas para 3,15% até o final de 2011.
“Dubai é uma das cidades mais bonitas e tem visto um grande desenvolvimento no passado. Isso tem dado uma boa qualidade de vida, mas houve efeitos colaterais deste desenvolvimento, como o aumento da produção per capita de lixo, o alto consumo de gasolina e alto consumo de eletricidade", disse ele.
"Precisamos garantir um desenvolvimento sustentável e adotar maneiras mais respeitadoras do meio ambiente, como reciclagem de água de esgoto para usá-la na irrigação" disse Lootah.
O município também está trabalhando para converter todos os seus carros oficiais de gasolina para gás. "Nós já convertemos cinco carros. Todos os nossos mil carros serão movidos a gás natural comprimido (CNG)," disse o diretor geral do município. Com informações do Gulf News.